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sábado, 30 de julho de 2016

orvalho



O orvalho deslizar na pétala da rosa
Lentamente levado pela maresia
O congelei nos versos desta poesia
Mas ele esvai deixando a rosa formosa

Deixai esta mística beleza sem tosa
Os cantares do rouxinol da cotovia
O canto do bem-te-vi que deflora o dia
A brisa que amanhece tão vaporosa

O orvalho liquefaz na pele sedosa
Mas o sentimento do amor mui reluzia
São gotas de uma tempestade poderosa

Que nenhum raio caloroso desfazia
Pode ser uma louca paixão desastrosa
Tal  o Lorde Byron delirando fazia





sexta-feira, 29 de julho de 2016

Doce estação



A primavera revela rosas
Orvalhadas estão suas doces pétalas
Exala formosuras perfumosas
Espinhos perfuram as suas talas

Pássaros rasgam a doce estação
Abelhas deflorando belas flores
Frutificando amor na floração
Enchendo e a multiplicando as cores

No céu azul o zoom do colibri
Apaixonado guarda seus beijos
Espera apaixonada a flor se abrir

Para cobrir seu ventre de desejos
Fazendo a primavera um há de vir
De cantos arpejos e sonatas













quinta-feira, 21 de julho de 2016

Pétalas Efêmeras





Este verso perverso
Nascido do reverso de uma paixão
Agora é pura solidão
Neste imenso universo

Outrora no parque de diversão
Sorvete de morando
Maçã do amor
A rosa vermelha à mão
O batom dos lábios dela
Derretendo o coração

Roda a vida
Roda gigante
Roda a cabala da vida
Levando nossos sonhos
A margarida nas melenas esvoaçante
Dela
E por um instante pensei que o amor
Existia

Mas o sorvete de morango acabou
A rosa perdeu suas pétalas
Nem pode mais chorar seus orvalhos
Nem quero ler o que escreveu
No seu diário
Nem seu último poema
A roda gigante
Chegou ao fim
Esta quase eterna paixão
Que durou como a maçã do amor
Como a morna tarde de verão
Com seu bando de andorinhas
Suas intermitentes cigarras

Agora é noite
Mas o luar está mui belo
E vai apagando as lembranças
E eu vou queimando na lamparina
O poema que fiz pra ela